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Year range
1.
Brasília; IPEA; 2020. 20 p. ilus.(Nota Técnica / IPEA. Diset, 72).
Monography in Portuguese | ECOS, LILACS | ID: biblio-1139882

ABSTRACT

Análises sobre como a pandemia tem afetado de modo distinto as diferentes camadas da população e sobre quais grupos socioeconômicos seriam mais vulneráveis ainda carecem de informações mais precisas e transparentes por parte do poder público. Nesse sentido, o perfil socioeconômico da população, utilizado aqui e em outros estudos similares, foi inferido por meio do local de residência do indivíduo, já que indicadores de renda ou emprego inexistem ou são incompletos nos sistemas de notificação utilizados para o monitoramento da doença no país. A categorização dos bairros segundo indicadores de desenvolvimento como o IDS é a opção disponível até o momento para esse tipo de análise. Com base nas informações disponíveis, percebe-se claramente que os indicadores de letalidade são muito maiores nos bairros com menor desenvolvimento social dentro do município do Rio de Janeiro. Ao mesmo tempo, quando se observam os óbitos como proporção da população, nota-se que esse indicador tem taxas mais próximas entre quase todos os grupos de bairros, exceto por aqueles com IDS muito alto (grupo 5), que se destacam dos demais por uma menor mortalidade em praticamente todas as faixas etárias. Cabe ressaltar que esses números podem ser influenciados por vários fatores, entre eles: i) a maior exposição ao risco da população residente nas áreas menos desenvolvidas; ii) o menor acesso aos serviços de saúde nessas áreas; iii) a menor testagem dessa população residente em áreas menos desenvolvidas quando comparada com a população residente em bairros com maior IDS; e iv) o fato de,no caso do município do Rio de Janeiro, a estrutura territorial e socioeconômica da cidade apresentar características muito específicas, com a existência de regiões mais pobres dentro de áreas mais desenvolvidas da cidade. Os resultados expostos reforçam a necessidade de informações mais precisas e detalhadas sobre a pandemia nessa cidade, assim como no restante do país. O número de testes realizados é um indicador relevante que, atualmente, não está disponível para os diferentes municípios. Da mesma forma, seria necessário ter acesso aos dados individualizados e identificados que permitiriam o cruzamento com bases de dados com informações sobre a renda ou a ocupação dos indivíduos. Esse tipo de informação permitiria uma abordagem mais precisa e bem-informada do poder público no que diz respeito à definição de estratégias para lidar e controlar a pandemia da Covid-19.


Subject(s)
Coronavirus , Endemic Diseases , Socioeconomic Factors , Coronavirus Infections , Mortality
2.
Dados rev. ciênc. sociais ; 61(1): 103-135, jan.-mar. 2018. tab, graf
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-890990

ABSTRACT

RESUMO Nas últimas décadas, as mulheres que viviam em união conjugal foram as principais responsáveis pelo aumento da participação feminina no mercado de trabalho no Brasil. Isso se traduziu na crescente contribuição dos rendimentos do trabalho das esposas para a renda das famílias. Neste artigo, argumentamos que essas tendências ajudaram a diminuir a desigualdade de renda entre as famílias desde a década de 1990. Usando dados das PNADs, decompomos a desigualdade da renda domiciliar per capita, medida pelo coeficiente de variação ao quadrado, segundo: a) fontes da renda domiciliar (rendimentos do trabalho do marido, rendimentos do trabalho da esposa e outras rendas); e b) tipos de família (chefiadas por casais ou não). A partir dessas decomposições desenvolvemos análises contrafactuais para verificar o impacto dos rendimentos do trabalho das esposas nas tendências da desigualdade de renda no Brasil entre 1992 e 2014. Apesar do aumento da associação entre os rendimentos dos cônjuges, o efeito líquido das mudanças nos rendimentos das esposas durante o período analisado foi equalizador.


ABSTRACT Women living with their spouses have served as the main sector of society driving the increase in female laborforce participation in Brazil in recent decades. Such a phenomenon is reflected in the growing contribution made by women to family income levels. The following article argues that such trends have helped to reduce income inequality among families as of the 1990s. Harnessing data from the PNADs (Brazilian National Household Surveys), we examine household income inequality per capita, measured by the coefficient of variation squared, according to a) sources of household income (husband's earnings, wife's earnings and other income); and b) family type (whether or not the family is headed by a couple or not). We use this information to develop counterfactual analyses to examine the impact of women's earnings on income inequality trends in Brazil from 1992 to 2014. With the growing parity of earnings between spouses, the net result of the shifts in women's earnings during the period under analysis had a balancing effect.


RÉSUMÉ Lors des dernières décennies, les femmes vivant en union conjugale ont été les principales responsables de l'augmentation de la participation féminine au marché du travail brésilien. Cela s'est traduit par la contribution croissante des revenus du travail des épouses au revenu des familles. Dans cet article, nous défendrons l'argument de ce que ces tendances ont contribué à faire diminuer les inégalités de revenus parmi les familles depuis les années 1990. Sur la base de données des PNAD (enquêtes domiciliaires), nous avons décomposé les inégalités de revenu des ménages per capita, mesurées par le coefficient de variation au carré, selon : a) les sources de revenu des ménages (revenus du travail de l'époux, revenus du travail de l'épouse et autre revenus) ; et b) les types de familles (dirigées par des couples ou non). Sur cette base, nous avons développé des analyses contrefactuelles pour vérifier l'impact des revenus du travail des épouses sur les tendances des inégalités de revenus au Brésil entre 1992 et 2014.


RESUMEN En las últimas décadas, las mujeres que vivían en unión conyugal fueron las principales responsables del aumento de la participación femenina en el mercado laboral brasileño. Esta realidad se tradujo en una creciente contribución de los ingresos laborales que obtenían las mujeres a la situación económica de las familias. En este artículo, argumentamos que esas tendencias ayudaron a disminuir las desigualdades de ingresos entre las familias desde la década de 1990. Tomando como base los datos de las Encuestas Nacionales por Muestra de Domicilios (PNAD) del Instituto Nacional de Estadística de Brasil, desglosamos las desigualdades de los ingresos per cápita por hogar, medidas por el coeficiente de variación al cuadrado, según: a) fuentes de ingresos familiares (ingresos laborales del marido, ingresos laborales de la mujer y otros ingresos); e b) tipos de familias (encabezadas por matrimonios o no). A partir de estos desgloses, desarrollamos análisis contrafactuales para comprobar el impacto de los ingresos laborales de las mujeres casadas en las tendencias de las desigualdades económicas en Brasil entre 1992 y 2014. A pesar del aumento de la asociación entre los ingresos de los cónyuges, el impacto neto de los cambios en las contribuciones económicas de las mujeres casadas durante el período analizado fue ecualizador.

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